Turquia
A Turquia. O país que até agora mais nos surpreendeu.
Não que os outros não tenham sido experiências fantásticas, mas aqui nos sentimos em casa, no mundo. Aqui tivemos experiências e aproveitamos para explorar um dos países mais incríveis que qualquer amante de viagens deveria visitar. Quer ter contato com pessoas hospitaleiras, ter contato com o Islamismo de uma maneira jamais vista e ainda observar uma natureza, mar e montanhas, apreciando visuais de tirar o fôlego, vá para a Turquia. Conheça a Turquia como nós conhecemos e te garanto: esse país vai te encantar. Vamos ver o que fez esse país ser tão especial. Nossa passagem foi mais ou menos assim…
Istambul
Saímos de Israel e viemos para Istambul. Que cidade. Istambul é dividida em duas partes, a parte Européia e a parte Asiática. Ambos os lados encantam. Em Istambul decidimos ficar em um apart hotel para poder cozinhar e optamos por ficar numa região bem localizada. Ficamos no bairro de Sultan Ahmed, bem perto dos principais pontos turísticos, a Blue Mosque e o museu Hagia Sophia. Logo que chegamos deixamos as malas e fomos fazer aquele reconhecimento da região. Gostamos do que vimos. Nós nunca fomos para a Europa, mas já de cara no aeroporto e nessa região já imaginamos que algumas cidades da Europa sejam parecidas em alguns aspectos. Estávamos em pleno mês do Ramadã. Mês de jejum e celebração para os muçulmanos. Para nossa surpresa, a praça na frente da Blue Mosque e seus arredores fica tomada de famílias que esperam o fim do dia para poder comer. Esse foi o nosso primeiro contato com Istambul e nós achamos muito legal estar nesse país durante essa época.
Ficamos 6 dias na cidade. No primeiro dia visitamos o museu Topkapi, o museu mais famoso de Istambul, que era um antigo palácio dos sultões. Uma estrutura imensa e algumas áreas do museu expõem objetos dos sultões, vale a visita. Como a Blue Mosque ficava no caminho da nossa casa, passamos algumas vezes na frente dela, e algumas vezes tomávamos um café turco numa feirinha que estava acontecendo ao lado dela. Não fomos ao museu Haya Sophia. Em outro dia, decidimos ir para a parte asiática da cidade, fomos no bairro Kadikoy. Um bairro menos movimentado durante o dia, mas que parece ser bem bacana para um barzinho no fim do dia. Fomos visitar esse bairro por indicação de um amigo que conhecemos no Egito. Era um bairro que estava começando a ter uma vida artística interessante. A vista da balsa que se tem que pegar para ir para ambos os lados é muito bonita, tanto na ida quanto na volta. Em outro dia decidimos visitar outra parte muito bacana da cidade, o corredor que acessa a praça Taksim. A região moderna da cidade. Com suas lojas de grifes européias e seus restaurantes moderninhos. A vista do topo da ladeira é muito legal. Na volta aproveitamos para ver o pôr do sol na ponte Galata, tomar um dondurma (sorvete turco muito bom) e ver os barcos passarem.
Em uma de nossas voltas para o nosso apê, sentamos na praça em frente a Blue Mosque e logo duas meninas vieram falar conosco. Foi a coisa mais engraçada do dia. Nós aprendendo turco e elas tentando nos ensinar, demos algumas risadas. Lá pelas tantas elas nos levaram para conhecer as suas famílias, nos deram comida típica, foi muito legal essa interação. Durante nossos dias na cidade já aproveitamos para experimentar: o famoso café turco, baklava, dondurma, chay, kebap, swarma e o ayeran (iogurte com um pouco de sal). Foi muito bom esse primeiro contato com o povo turco.
Decidimos ir para Ankara para tirar o visto para o Irã. Fomos de ônibus e já de cara vimos que estávamos em um país com uma infra-estrutura muito boa. Os ônibus vem com internet, tv individual e até um “aeromoço” servindo chay, café e snacks. Coisa fina. No meio do caminho passamos pelo Salt Lake, um lago salgado de cor rosada. Coisa de outro mundo, e tinham duas cadeiras no meio do lago, parece que colocaram lá para tirar uma foto. A paisagem no meio do caminho era muito bonita e já começávamos a ter uma boa impressão do país.
Ankara
Viemos para Ankara com o objetivo de tirar o visto para o Irã. Optamos por fazer couchsurfing novamente e este couchsurfing foi um dos mais especiais em nossa viagem. Contatamos o Mert e quando chegamos marcamos um ponto de encontro em um shopping bem luxuoso (era mais conveniente para ele já que ficava do lado do escritório onde ele trabalhava). O nosso encontro foi muito engraçado, pois marcamos com ele numa rede de café bem famosa aqui, a Mado, e quando ele nos encontrou ele falou que não gostava daquele lugar pois era uma empresa que estava envolvida em um processo de desmatamento em uma região de Istambul para a construção de um novo shopping (coisas locais que precisamos entender), aquilo deu um “susto” em nós mas relevamos e começamos a entender o nosso host. Couchsurfing tem um pouco disso também, fazer as leituras dos hosts para entender como vai ser a experiência. Ok, mais um café turco depois já estávamos indo em direção a casa dos seus pais onde iríamos passar a noite. Logo no caminho ele nos convidou para acamparmos com um grupo de amigos dele no final de semana, nós adoramos o convite e ficamos bem felizes que iríamos acampar. Na casa dos pais do Mert foi uma experiência muito marcante. A Dani ficou muito próxima da mãe do Mert e ela aprendeu a cozinhar Sarma (o nosso charuto) e no dia que fomos para o camping eles nos apresentaram o verdadeiro café da manhã, que veem com muita coisa na mesa, tem queijo, iogurte, sarma, pepino, azeitona, tomato, pães, ovos, chá e muitas outras coisas. É praticamente o nosso brunch. É bem bom. No camping conhecemos a namorada do Mert a Deby. Eles formam um belo casal e foram super atenciosos conosco nesse final de semana que acampamos. O camping foi numa região afastada de Ankara, nas montanhas. Nos restantes dos dias fomos aplicar para o visto do Irã. Como viemos de Israel estávamos um pouco tenso em relação aos questionamentos, porém nada aconteceu. O processo foi bem tranquilo, e o blog Café dos Viajantes nos ajudou bastante com dicas de como tirar o visto em Ankara. Nos despedimos do nosso casal de amigos e decidimos passar os 4 dias seguintes na região da Capadócia enquanto nosso visto ficava pronto. Já combinamos que na volta iríamos ficar com nossos amigos novamente.
Capadócia (Urgup/ Goreme)
Saímos de Ankara novamente em ônibus padrão Turquia. Já estávamos com um couchsurfing engatado. Chegamos no meio da tarde na casa do nosso host (o Bruno, um francês que passava o verão na capadócia todo o ano). A casa era de um tamanho normal, porém quando chegamos lá percebemos que o nosso host é um cara que gosta de receber bastante pessoas e eles nos avisou que a casa estava cheia. Em uma das noites, estávamos em 10 pessoas, tinha gente saindo pela janela..hahaha. Foi uma experiência muito bacana mesmo assim. Na Capadócia fomos “picados” pelo estilo de viagem por carona. O Bruno falou “aqui na Capadócia é bem comum, podem pedir carona sem crise.” E fizemos. Andamos por toda região sem gastar um tostão. No dia que chegamos visitamos o que eles chamam de open air museum, perto de Urgup onde estávamos. Ali já vimos que as cavernas que serviram de moradia para os antepassados seriam os principais atrativos. Decidimos por comemorar nossos 3 anos de casados com o vôo de balão, bem turístico e bem caro para o orçamento da viagem, enfim, estávamos celebrando =). O vôo de balão começa bem cedo e é um espetáculo o momento que eles inflam os vários balões. No ar, o vôo dura aproximadamente 1 hora e é uma hora muito bem aproveitada. O passeio é lindo. Ver as formações do alto é sensacional. Muitas fotos. Após o passeio aproveitamos para caminhar pelas formações da Capadócia, as famosas cavernas. Algumas impressionam, elas tem uma estrutura bem determinada, algumas casas tem até quartos, vimos algumas igrejas com pinturas em seu interior. Na volta para Ankara decidimos pegar carona. E fizemos. Saímos de Urgup com um caminhão com mais um casal, ficamos num aperto na parte de trás do caminhão (o motorista não podia dar carona, mas mesmo assim insistiu de levar nos quatro). Na próxima parada, pegamos novamente mais um caminhão, agora com um caminhoneiro muito legal, ele não falava nada de inglês e nós falávamos algumas poucas palavras, mas mesmo assim fluiu. Ele nos deixou num cruzamento que levava a Ankara, que estava a 300Km de distância. Nesse lugar aproveitamos uma promoção do McDonalds (pelo drive-thru tinha um desconto de compra 1 e leva 2 em um combo), dito e feito, fui na caruda, entrei na fila de carros, fiz o meu pedido e peguei nosso sanduba =). Tudo pelo desconto, uai! Nesse ponto levantamos nossa placa indicando Ankara e em menos de 1 minuto um ônibus parou, insistimos que não queríamos ir de ônibus mas o cara falou que seria de graça, só que não foi. Pagamos metade do preço, o que foi bom até. Descansamos e ficamos relembrando a nossa aventura de carona.
Efesus
Voltamos para Ankara só para pegar nossos passaportes com o visto do Irã. Deu tudo certo. Ainda tivemos um tempo de rever nossos amigos, o Mert e a Deby, e desta vez ficamos no apartamento da Deby, que tinha uma vista incrível da cidade. Vimos um pôr do sol incrível do topo e tivemos mais um tempo bem prazeroso com eles. Saímos de Ankara de ônibus (o Mert descolou um bom desconto para nós) e fomos visitar a cidade de Efesus, ao sudoeste da Turquia. Efesus é uma antiga cidade, resquício de impérios Grego e Romano. A arquitetura impressiona. As clássicas colunas romanas/ gregas estão por todos os lados. No sítio é possível visitar um anfiteatro (ativo ainda hoje para shows), uma rua que ligava a cidade ao porto, a rua é feita de pedra e tem em suas laterais as colunas e o lugar mais famoso de Efesus, a biblioteca de Celsus. Devido a terremotos e destruições de invasões, a sua fachada precisou ser reconstruída. Mesmo resconstruída, é uma coisa espetecular de se ver. Passeamos pelo sítio e decidimos ir para Pamukale, as famosas “piscinas de algodão”.
Pamukale
Pamukale também é daqueles lugares turísticos da nossa passagem pela Turquia. O lugar é conhecido por ser uma montanha de formação em uma espécie de marmore que dá o tom e a aparência de um algodão. O lugar é impressionante mesmo. Nós tivemos um pouco o azar de pegarmos um tempo nublado, o que não foi tão encantador para tirar umas fotos. E ainda descobrimos que eles fazem um gestão das piscinas que terão água, então, estávamos com a expectativa de ver todas cheias, porém a parte mais interessante estava seca =(, coisas de sorte, nem sempre dá para acertar em ter as condições perfeitas para visitar um lugar. Tudo bem, aproveitamos com o que tínhamos. A Dani até entrou nas águas termais que fazem parte do lugar. Se você ficou curioso, digita no Google Pamukale que você vai ver as fotos incríveis desse lugar.
Marmaris/ Akyaka
Passar o verão na Turquia tem lá suas vantagens. As praias do Mediterrâneo são mundialmente conhecidas pela claridade de suas águas e claro nós não íamos perder a chance de passar mais um verão de nossas vidas sem uma boa dose de praias e banho de mar. Saímos de Pamukale e pegamos um ônibus até a cidade de Marmaris. No meio do caminho, passamos por uma região linda, montanhosa. Eu fiquei “babando” com a vista o caminho todo. Comentei com a Dani que gostaria de voltar para a Turquia no inverno, deve ser muito legal. Em Marmaris não sabíamos muito o que esperar. O pessoal do hostel em Pamukale nos indicou e fomos. Fizemos uma reserva em um hotel no Booking que aparentemente estava muito barata. E estava, pagamos algo como U$25 o casal para um quarto privado, com café da manhã e uma piscina muito legal. Ah meu amigo, estávamos aproveitando o verão! Descobrimos depois que normalmente o preço da diária lá era mais que o dobro ;). Ficamos 4 dias lá, só relaxando. A piscina foi nosso mar. O litoral ali não era muito bonito. Marmaris foi engraçado pois vimos muitos ingleses na cidade e depois descobrimos que lá é bem comum eles passarem o verão. Decidimos visitar uma praia próxima, chamada Akyaka. Pegamos um ônibus barato até lá. A praia fica no meio de um vale, e a água do mar é bem diferente. Por ter águas termais que passam por debaixo da região, faz com que a água fique temperada, com alguns pontos frios e de repente um ponto de água quente. Ficamos lá nadando e refrescando a manhã toda. Na volta pegamos mais duas caronas até a cidade. Aproveitamos os dias em Marmaris para descansar mesmo. Em Marmaris também trabalhamos no nosso projeto de crowdfunding de ajuda as vítimas do terremoto no Nepal. Lá montamos o projeto (Better Way no topo do mundo) e lançamos uma campanha de 2 meses para tentar arrecadar R$ 5.000,00 para de alguma maneira ajudar o povo do Nepal, seja através do incentivo ao turismo local ou sendo através de voluntariado. Ficamos felizes de poder lançar essa campanha durante a nossa viagem.
Fethiye
Sabe aquelas pessoas que mesmo conhecendo em uma viagem já podemos considerar como bons e velhos amigos? Então esses são o Mert e a Deby, se eu contar para vocês que nos falamos por Whatsapp e eles fizeram questão de rever-nos novamente vocês acreditam? Eles fizeram de tudo para irmos revê-los na nossa próxima parada, Fethiye, onde eles já estariam passando uma mini-férias na casa de uma prima do Mert. Se empenharam tanto que foram nos buscar as 4 da matina em Marmaris para podermos reencontrá-los na mesma manhã e ir fazer um passeio de barco pelas praias da região. Dá onde! Eles são muitos especiais para nós. A Turquia foi mais especial por causa deles, com certeza. Nos reencontramos em Fethiye e passamos um dia iradíssimo! Eles reservaram um barco só para o nosso grupo e ficamos o dia inteiro passeando por lugares e praias com uma água transparente, ótima para um mergulho. No passeio ainda estava incluído toda a comida e bebida. Foi surreal. E ainda fizemos novos amigos turcos e um casal de estrangeiros que morou com a Deby por um tempo. Fethiye é bem famosa pelas suas praias ao longo dos seus morros e por esses passeios de barco. Ainda dormimos na casa com eles e os outros amigos, conversamos bastante sobre a vida na Turquia.
Oludeniz/ Faralya/ Butterfly Valey
Tínhamos que seguir viagem. O Mert e a Deby ainda nos levaram até a próxima praia Oludeniz. Em nossa despedida, a Dani ficou bem emotiva, tadinha, ficamos tão próximos deles que não dava vontade de dar tchau, mas tivemos que partir. Certamente vamos manter contato com eles daqui por diante. Oludeniz não seria aonde queríamos chegar, e sim, Faralya, que ficava uns 20km mais para frente. Em Oludeniz demos um tempo e pegamos uma carona até Faralya. Chegamos na vila sem lugar, e contávamos que lá teria um caixa automático para sacar dinheiro, que nada. Tivemos que voltar para Oludeniz para sacar dinheiro. Lá vamos nós, dedo para cima na estrada, mais uma carona para voltar. Aproveitamos para almoçar e tomar um banho de mar nos refrescarmos, fazia quase 40o graus. O mar estava uma delícia. Fim de dia, pegamos mais uma carona até Faralya e lá ficamos numa pousada muito legal. Dormimos no telhado da pousada, debaixo de uma parreira de uva. A pousada estava só para nós. Ela ficava no topo de um vale. Bem perto tinha uma mesquita que entoava as chamadas para as rezas e todo o som ecoava no vale, era lindo de ouvir e de apreciar com a vista do telhado. Como estava calor, dormir no telhado foi a melhor opção. No dia seguinte, fomos visitar o Butterfly Valey. Uma praia que só se consegue chegar descendo a encosta onde estávamos ou pelo mar. Nós descemos a encosta. A descida tem algumas partes que é preciso usar algumas cordas colocadas nas árvores. Passamos por lugares altos que a qualquer vacilada podia dar em problemas. Chegamos na praia e combinamos de reencontrar nosso amigo, o Yan (que conhecemos em Israel), ele estava fazendo Turquia também e estava lá na Butterfly Valey junto com a Gabi, uma baiana que o Yan conheceu no caminho e estavam viajando a Turquia juntos. A praia é fantástica, dessas de filme. Os barcos ficam ali parados e a praia tem só uns 3 barzinhos e um camping. Nós ficamos batendo papo com o Yan e a Gabi alternando entre banhos de mar. Na volta, pegamos um barco e fomos para Oludeniz para finalizar o dia. Ficamos em Oludeniz tomando umas cervejas e vendo o pôr do sol. Nos despedimos dos nossos amigos e voltamos para nossa última noite em Faralya.
Kas
Kas foi uma indicação nosso amigo Mert. A cidade é bem bonitinha e bem acolhedora. Viemos de Faralya e decidimos ficar na cidade em um hotel. Era um hotel simples mas dava para ficar super bem. Em Kas visitamos uma das praias mais lindas que vimos, chama-se Kaputas. Ficamos o dia todo na praia, revezando entre banhos de mar e sombra fresca. Foi um dia bem proveitoso. No dia seguinte visitamos uma praia particular numa península perto de Kas e para nossa surpresa foi uma das praias que mais gostamos. Um mar bem calmo, e em algum momento até tivemos a sorte de nadar com uma tartaruga. Ficamos o dia inteiro nessa praia e nem pagamos nada pois achamos uma bela sombra fora da área particular e por lá ficamos. Na volta descolamos mais uma carona e passeamos pela cidade ao anoitecer. O clima estava perfeito.
Olympos
Saímos de Faralya rumo a outra praia famosa, Olympos. Olympos é uma praia bem parecida com Butterfly Valey, mas tem algo mais especial. Por ser um lugar patrimônio da Unesco, a entrada na praia é controlada. Fomos para Olympos, depois de errarmos a nossa parada. Compramos um ticket para Antalya, porém quando percebemos que ia ser furada ficar em Antalya, decidimos no mesmo dia pegar um ônibus para voltar para Olympus. No ônibus, decidimos ficar em um dos vários hostel que tem na região. E o hostel era muito bom. Ficamos em um quarto privado pagando o preço de um dormitório e ainda estava incluso café da manhã e janta. Coisa fina. Ficamos lá 2 dias e em um ficamos o dia inteiro na praia de Olympos. A praia é bem bonita. Cenário de filme também. Nela é possível ver as montanhas e nela também um rio encontra o mar. Olympos é famosa por ser um reduto meio que hippie e por alguns dos hostels terem seus quartos montados sobre as árvores. Ficamos o dia todo na praia. Ao fim do dia tomamos umas cervejas e jogamos dama no hostel.
Analya
Nos despedimos de Olympos e de nosso verão na Turquia, mas antes tínhamos nossa última praia para visitar. Antalya, que na real fomos só para matar tempo antes de explorarmos o norte e o a região do mar Negro. Analya assim como Marmaris é bem famosa por receber turistas da Europa e da Russia. A praia em si não tem nada muito de interessante, porém o pôr do sol dela é fantástico. Tiramos algumas fotos para registrar o momento. Em Analya passeamos um dia pelo centro da cidade e visitamos um mercado de rua muito legal. Na Turquia, cereja é algo muito barato, nessa feira compramos meio quilo de cerejas por algo como R$ 2,50. Fomos comendo cereja até voltarmos para o hotel. Em outro dia não fizemos nada. Eu fiquei no hotel, atualizando o blog e tomando chá e a Dani foi bater perna pela cidade. Cada um fez o que estava a fim de fazer.
Konya
Saímos de Analya e viemos para Konya. Nosso host de Konya estava nos esperando na rodoviária com a sua filhinha. Fomos para o seu apartamento, que era afastado da cidade. O Omer mora em Konya com sua esposa e a filha faz mais de um ano. Konya é uma cidade muito tradicional do interior da Turquia. Quando fomos para lá, já sabíamos dessa fama. Konya é famosa por ser a cidade onde foi criado a vertente Sufi do Islamismo. Nosso host mora em condomínio e eles não são muçulmanos, algo bem comum que vimos durante a nossa passagem pelo país. Em uma das noites, jantamos no apartamento deles com um casal de amigos. O mais engraçado foi que estávamos na sacada e todos os vizinhos podiam nos ver e eles comentaram que aqui em Konya existe muito disso, as pessoas ficam julgando bastante. No domingo, fizemos um passeio bem legal com eles pela cidade. Visitamos o museu Mevlana, que é considerado um lugar importante para o Sufismo, lá no museu tem várias peças e artefatos usados pelos praticantes dessa vertente. A cidade é bem movimentada. Foi um tempo bacana passear com eles e a sua filhinha que era bem bonequinha. Claro, que a menininha ficou bem apegada a Dani no final. De Konya, decidimos mudar nosso roteiro na Turquia. O lado curdo do país estava bem conturbado, com ataques terroristas e decidimos evitar conhecer essa parte. Foi uma pena, já que a região curda dizem ser uma das mais bonitas do país.
Samsun/ Trabzon
Viemos para o norte do país. Fomos para Samsun por indicação do Omer. Na real a cidade não tem nada de mais para ver. É uma cidade do litoral norte (Mar Negro). Em Samsun aproveitamos um dia para descansar e pegamos um cinema. Vimos uma animação da Pixar (Megamente), não entendemos nenhuma fala, mas pelo menos entendemos o desenho. De janta mandamos mais um kebab (confesso que já estava saturado de kebab neste momento da viagem). De Samsun decidimos ir para Trabzon. Antes de ir decidimos tentar pegar uma carona, mas dessa vez não deu certo. Tivemos que recorrer a um ônibus. Chegamos em Trabzon já era tarde da noite. Deu tempo de achar um hotel perto da rodoviária e dormir. No dia seguinte, fomos empenhados em visitar o monastério de Somela. O monastério fica uns 50km afastado de Trabzon. Em 2 minutos de estrada conseguimos uma carona até uma cidade próxima e dessa cidade, mais 10 minutos e estávamos em outro carro. Agora os nossos novos caroneiros eram dois simpáticos turcos que estavam indo pescar perto do monastério. No meio do caminho eles pararam o carro para comprar cigarro e até compraram sorvete para nós! Ficamos surpresos e felizes pelo presente. A Turquia estava mostrando que era hospitalidade pura. Chegamos no monastério e ficamos lá a manhã inteira. O monastério fica literalmente encrustado no topo de uma montanha, coisa linda de ver. Tiramos algumas fotos do monastério, que mesmo após revoluções e guerras está bem conservado. Na volta, não tivemos dúvida, pedimos carona e dessa vez os nossos caroneiros nos levaram até Trabzon ;). Estamos ficando feras nessa arte de pedir carona, vai vendo.
Rize
Estava na hora de começar a irmos em direção a fronteira com a Geórgia, nosso próximo destino. Antes ainda tínhamos mais duas cidades para ver. Uma das cidades era Rize. No caminho de Trabzon até Rize descolamos mais uma carona (vai vendo!). Essa carona foi tão especial quanto as outras. O senhor que nos acolheu não falava uma palavra em inglês. Nada. Mas fomos lá. No meio do caminho ele parou para almoçar e nós almoçamos com ele. Em um momento, ele até fez um gesto mostrando que eu estava muito magro (mal ele sabe que eu sempre fui assim) e estava tão empolgado que até ligou para a sua filha para que ela pudesse falar inglês com a Dani. Foi um gesto para mostrar seu orgulho em ver a filha falando inglês (ela estava estudando inglês na faculdade). No meio do caminho ainda tivemos uma “conversa” em que ele deu a entender que se qualquer coisa acontecesse podíamos ligar para ele (ele nos deu seu cartão de negócios). E quando chegamos em Rize para nos despedirmos foi muito emocionante. Esse paizão me abraçou e me deu beijos (bem comum aqui na Turquia) na bochecha como se fosse se despedir de um filho, foi muito legal essa experiência. Em Rize foi apenas nossa cidade ponte para encontrar o casal de brasileiros que iria viajar conosco a Geórgia e a Armênia, o Dada e a Mirella. O mais legal é que eles também eram de Curitiba, uma baita coincidência. Ficamos 2 dias em Rize e escolhemos ir visitar a região montanhosa de Ayder.
Ayder
Ayder seria a nossa última cidade na Turquia e não teria cidade mais perfeita para fecharmos esse país. Fica localizada nas montanhas e é bem frequentada no inverno. Pegamos um ônibus e decidimos que iríamos acampar. Em Samsun decidimos parar em uma Decatlhon e comprar uma barraca bem simples. No ônibus encontramos duas alemãs que também iriam acampar em Ayder. Tínhamos a intenção de fazer hiking. A cidade é bem característica, fica bem no meio das montanhas e volta e meia vem uma neblina que fecha a cidade toda. Decidimos acampar no único camping da cidade (detalhe: que não tinha chuveiro), era a nossa única opção. Montamos acampamento no fim do dia e já rolou aquele banho improvisado, pegamos nossas garrafas de água e cada um deu banho no outro. Não preciso lembrar que a água era gelada ;). No dia seguinte saímos para caminhar com as alemãs e lá por um momento vimos que estávamos indo na direção errada. Voltamos e encontramos um homem que estava trabalhando e pedimos se ele poderia nos dar carona. Não é que o cara falava alemão? Ele tinha morado na Alemanha por um bom tempo. Foi a nossa salvação. O cara foi tão gente boa (acho que ele queria praticar o seu alemão) que nos levou para uma vila bem remota onde ele morou quando era pequeno. Na vila visitamos e tivemos um dos almoços mais interessantes da viagem. Ficamos na casa da tia do nosso amigo. Eles foram tão legais que nos ofereceram um almoço bem simples, mas bem com produtos locais, foi demais. A vila era uma pintura, fica no meio de um vale no topo das montanhas. Após o almoço fomos fazer uma caminhada morro acima para ver um lago que ficava no topo do morro. O visual foi arrebatador. E ver a vila de longe dava um ar muito bacana de montanha que eu e a Dani estávamos amando. Ainda tivemos tempo de ver o pôr do sol da vila com a entrada de um leve neblina, coisa linda. Estar ali foi para fechar a Turquia com a certeza que um dia iremos voltar.
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