Jordania
A princípio iríamos dividir a nossa passagem pelo Oriente Médio em 7 dias para Israel e 7 dias para a Jordânia. Logo que saímos do Egito e entramos em Israel já sentimos que essa parte da viagem seria diferente. Principalmente nos preços. Já tínhamos lido que a moeda da Jordânia (o Dinar) era em uma proporção de 1 Dinar para R$ 5. Quando chegamos em Israel, no hostel vimos um anúncio de um Day Trip para Petra, a principal atração do País. Fizemos as contas e decidimos embarcar nesse Day Trip e fazer os restantes dos dias por Israel. Nossa passagem por Petra foi mais ou menos assim.
Saímos de Eilat pela manhã. Iríamos de van até a fronteira com a Jordânia, que ficava a uns 15 minutos dali. No caminho, já juntamos com o restante do grupo que iria fazer esse Day Trip. Gente de várias nacionalidades: Argentinos, Indianos, Ingleses, Americanos, Canadenses e nós de Brasileiros. Sentamos no final do ônibus e já puxamos papo com uma Americana e um Inglês. Ambos moravam nos EUA e estavam de férias em Israel e iam também passar o dia em Petra. Nós não somos muitos fãs de tours. Aliás, nessa viagem até então fizemos 4 tours pois não tínhamos muita opção ou o tour era a opção mais barata considerando dificuldade de acesso para a região, exemplo: dormir no deserto no Egito, safari na Tanzânia e camping no Deserto da Namíbia.
Partimos cedo do nosso hostel e no caminho já começamos a fazer amizades. Conversamos com uma americana, um inglês e uma família de argentinos que moravam nos EUA. Em nosso tour, acabamos ficando com esse grupo o restante do tour. Bom a chegada no sítio de Petra é bem bonita. Pela estrada vamos chegando na cidade de acesso (Wadi Musa). No topo da estrada de acesso já é possível ver o vale onde fica a cidade de Petra. O vale é incrível. Como o tour era de um dia, acabou que não dormimos na cidade, mas se você quer fazer de uma maneira mais independente, é lá que você tem que se hospedar. A cidade fica na boca do gol para acessar o sítio de Petra.
Chegamos em Petra, a estrutura de acesso é bem resolvida. Já na entrada tem algumas lojinhas, banheiro e um pequeno museu. Para entrar na cidade sagrada tem que desembolsar o salgado preço de JD 90,00 por pessoa (preço para one-day). Se quiser visitar a cidade em 2 dias, paga-se JD 55,00. Mais info nesse site: http://www.visitpetra.jo/VisitorsServices/TheFees.aspx.
Petra foi fundada em 312 A.C. era uma cidade que além de símbolo para o povo Nabatean, além de ser Patrimônio da Unesco desde 1985, ficou mundialmente conhecida pelas cenas do filme Indiana Jones (Última Cruzada).
O turismo na Jordânia é centrado em Petra e o deserto de Wadi Rum, onde se pode aproveitar a experiência de dormir a luz do céu.
Bom, a cidade possui vários lugares para visitar. É uma cidade grande e dependendo do interesse, pode-se ficar ali dias caminhando e conhecendo as suas escavações. Nós visitamos: o caminho de acesso Siq (um grande vale de caminhos rochosos de tom avermelhado), o Tesouro (a primeira obra de grande impacto quando se chega no sítio) e passamos pelo Anfiteatro.
Caminhar em Petra é uma diversão, as horas passam e você nem percebeu. Para os amantes de um museu ao céu aberto, lá é um prato cheio. Nós adoramos visitar mais um local patrimônio da Unesco.
Na volta, fomos surpreendidos por uma pratica já bem conhecida dos mochileiros, cruzar a fronteira para Israel (Eilat) não é sempre uma tarefa tão simples assim. Se for cruzar a fronteira já vá preparado para ser sabatinado. É uma loteria, mas acontece. As variáveis são: dependendo do tipo de passaporte, dos carimbos de países que você passou (Irã?) ou para os mochileiros do sexo masculino (alvo fácil para as intermináveis entrevistas) já que esse perfil é o que segundo o exército Israelense são os mais propensos a serem homens-bomba, enfim, vai saber. E não acredite que mesmo sendo brasileiro eles vão aliviar, em Israel qualquer um é suspeito (?!). Nossa experiência foi assim: chegamos no guichê e já pedimos para carimbar a entrada de Israel em um papel a parte. Não fique receoso de pedir, eles estão acostumados com essa prática, mas já saiba: se for pedir que questionamentos virão. No nosso caso a Dani passou ilesa, algumas perguntas de costume e pronto. No meu caso, a oficial perguntou porque eu não queria carimbar e comentei que iria para Irã. Pronto, falei a palavra mágica. Daí foram quase 10 minutos de “terrorismo” e perguntas do tipo: porque você vai para o Irã? Qual a sua religião? Você tem amigos no Irã? Quando você vai para o Irã? O que você foi fazer na Jordânia? Ao final a oficial ainda me deu uma super dica: arrume um outro passaporte, pois você tem um carimbo de saída do Egito e dois dias depois um de entrada e saída da Jordânia, você NUNCA vai conseguir um visto para o Irã nesse passaporte. Enfim, rotinas de proteção que acabam agindo contra a imagem do país. Lembra dos alvos do sexo masculino, eu falei com o João (Sabe do João?) e o Yan (nosso amigo brasileiro que conhecemos em Israel e depois revimos na Turquia) e ambos tiveram dificuldades para sair do país, no Aeroporto. Ficaram mais de 3 horas de entrevista. Outro viajante, nosso amigo Dada (A 2 no mundo) também passou um apuro nessa mesma fronteira
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