Será que o mundo tem jeito?

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Será que o mundo tem jeito?
Vivendo no Brasil e vendo o noticiário (não é só no Brasil que a mídia só propaga desgraça) a ideia que fazia era de que haviam muito mais pessoas más e ruins no mundo do que o contrário.
De fato, em duas situações nos disseram: nossa, vocês tiveram sorte de conhecer as pessoas certas porque por aqui as pessoas não são tão boas assim. Isso ocorreu no Quênia e depois em Israel. Mas eu não compartilho dessa opinião. No Quênia uma mulher simpatizou com a gente e nos convidou pra jantar na casa dela e em Israel 3 famílias nos hospedaram gratuitamente por alguns dias. Não a Dani e o Leo que vocês conhecem, sabem onde moram e tudo mais. Dois completos estranhos dizendo que são do Brazil com mochilas nas costas. Passado todo esse tempo de viagem eu tenho certeza que existem muitas pessoas boas, na verdade a maioria, só que por algum motivo só vemos/noticiamos as más (deve dar mais ibope).
Eu tenho anotado em um caderninho o nome de todas as pessoas que nos deram abrigo de graça (muitas vezes também comida) e não o fizeram porque seriam recompensadas, fizeram porque viram dois mochileiros que aparentavam precisar de algo e o fizeram de bom coração. Fora essas pessoas que anotei o nome ( e a lista não é pequena), tem os que nos dão carona (fiquem tranquilos, aqui é normal e seguro). E sabe o que tenho constatado? São sempre os menos providos que mais nos ajudam. Engraçado isso não? Por exemplo: ficamos num cruzamento segurando uma placa com o nome da cidade que queremos ir. Adivinha quem para para oferecer ajuda mesmo sem falar um “hello” em inglês? Um caminhoneiro ou alguém num carro que nem deve mais ser produzido (carro que provavelmente é a paixão do dono).
Já pegamos carona com um casal de senhores que dividiu uma maçã conosco, cortando a em 4, assim seria um pedaço para cada um, a única que eles tinham.
E alguém pode estar se perguntando: mas será que a grana deles tá acabando? Por que pedir abrigo, carona, etc. ? E eu respondo com a maior certeza do mundo que são nessas situações que vivemos as experiências mais significativas da viagem. É aí que a gente reavalia nosso modelo, nossas crenças, nossa sociedade.
São essas atitudes, pequenas em gesto mas gigantes em significado, que me faz acreditar que o mundo tem jeito sim e que pra isso cada um só precisa fazer a sua parte.
Talvez seja por isso que toda vez que alguém que já foi para o Brazil nos pergunta de onde somos e dizemos Brasil ela abre o sorrisão e fala que ama esse país porque as pessoas são muito hospitaleiras e dispostas a ajudar o tempo todo.
Sou muito grata a todos que nos ajudaram direta ou indiretamente nesses 150 dias e é por causa dessas pessoas que eu acredito que o mundo tem jeito sim!
I BELIVE IN A BETTER WAY 🙂

Postado por Dani Nalin

A Dani quer trilhar o melhor caminho (Better Way) com as próprias pernas e ver o mundo com os próprios olhos.

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