Namíbia

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Namibia, que lindo país. Escolhemos a Namíbia por duas razões: uma por ser um país que não precisa de visto de entrada para brasileiros, segundo, por várias recomendações de  blogs, amigos, matérias e viajantes. Estava escrito: a Namíbia esta em alta, diziam os portais especializados; vocês precisam conhecer este jovem país, comentavam.
Dito e feito. Cravamos uma data e no dia 25/02/15 estávamos pisando em terras africanas. Como no início de tudo, a adaptação é necessária. Chegamos já com uma reserva feita, ficamos numa Guest house, aqui eles colocam as Guest House e os hostels meio que são a mesma coisa, enfim, apenas nomenclaturas. O Nawa Nawa nos surpreendeu, tinhamos um quarto com cozinha, banheiro, chuveiro quente (item importante) e até ar-condicionado. Sim, sabíamos que aquilo ali era o top do que iríamos enfrentar pela nossa jornada. Dito e feito, aproveitamos muito bem estes privilégios do Nawa Nawa.
Windhoek (pronucia-se Vin-duk) é a capital da Namíbia. Lá, como toda capital, é o coração econômico do país. Windhoek é uma cidade de 250 mil habitantes. A influência alemã é bem forte. Até hoje, a Namíbia recebe muitos alemães para visitar, estudar ou fazer negócios. Resquícios da colonização do fim do sec. 19,
Começamos conhecendo bem a capital, ficamos 3 noites na cidade para organizarmos o que iríamos fazer com os 15 dias que tínhamos reservado e de cara já percebemos um grande detalhe, na Namíbia,  por mais que seja um país pequeno, as suas principais atrações turísticas são longe. Ai só restam as seguintes opções para você conhecer: ou você aluga uma caminhonete 4×4 ou você contrata um passeio ou você vai de ônibus até as principais cidade e de lá conhece as atrações. Nós optamos por contratar um passeio e encurtar nossa estadia em 5 dias. Tivemos que abrir mão de algumas atrações, como visitar o Etosha, porém era necessário, com o nosso orçamento é o que conseguíamos fazer.
Em Windhoek, visitamos a igreja Luterana, fomos ao museu Nacional, que conta história da Namíbia, seu povo, suas guerras e sua inddependência da Alemanha e mais recentemente da África do Sul. A Namibia é uma democracia nova, conseguiu sua independência em 1990. Um dia é o suficiente para conhecer as principais atrações turística da capital.

Swakopmund
No intervalo até fazermos Sossusvlei, decidimos ir para a cidade litorânea de Swakopmund. Fomos sem pretensões. Fomos passar o final de semana na praia. Pegamos um ônibus e chegamos no meio do dia, já tínhamos uma reserva no Villa Weise, um backpacker recomendado, porém era a única opção que tínhamos. A cidade estava bem vazia quando chegamos. Como era um sábado, fim de dia, as coisas fecham cedo na Namíbia, 17:30 já não tem quase nada aberto e ninguém na rua. Fomos até o centro da cidade para fazer compras de supermercado. No dia seguinte, acordamos cedo e fomos conhecer a cidade de verdade. Já de cara percebemos a grande influênccia germânica. Tudo no lugar, casas e seus jardins de suculentas impecáveis. Fomos até um pier, tirar umas fotos, caminhamos na praia para sentir a gélida água, é bem gelada, e fomos até o centrinho da cidade que é bem perto de tudo. Swakopmmund não tem muitas opções, e no nosso caso, ficamos praticamente o dia todo na praia, aproveitando o bonito sol. Deu até para dormir no meio do parquinho de diversões, tamanha era nossa ociosidade de tempo (hahahaha). Fim de dia, tomamos um sorvete gostoso, e voltamos para o guesthouse. No dia seguinte, acordamos e nesse caso, não voltamos de ônibus convencional, como o que viemos. Decidimos pegar uma lotação e de fato começar a viver um pouco mais a viagem com as pessoass locais. Deu tudo certo, a van era pequena e estava lotada. Eu e a Dani ficamos no último banco e ele era reto, foram 4 horas para endireitar a coluna (hahahaha). Chegamos em Windhoek novamente, agora era aguardar uma noite a mais e seguir para o nosso safari até Sossusvlei.

Sossusvlei
Contratamos o safari (que significa passeio) de 3 dias até a região do Namib Naukflut Park que é onde ficam as famosas dunas de cores avermelhadas da Namíbia. Saímos de Windhoek rumo ao acampamento, iriamos acampar, mesmo pagando um valor alto dava para ficar mais caro com a opção em ficar em um hotel, porém não vem ao caso, já que acampar não é uma dificuldade para nós, já acampamos a muito tempo e adoramos a cultura do camping.
São mais de.n, 300km de estrada de chão até a entrada do parque. Levamos o dia inteiro para chegar, fomos em um caminhão com mais outras 6 pessoas, 2 guias locais, 2 alemães e 2 japoneses e nós de brasileiros (“oh, brézil? Ronaldinho!). As refeições estavam inclusas no passeio, o que foi uma parte interessante, sempre que parávamos para cozinhar, todos ajudavam de alguma maneira, como num camping 😉 isso foi bem legal, abriu oportunidade para ótimas conversas entre todos. Ao fim de cada refeição, cada um lavava a sua louça.
Dia cansativo, chegamos no parque perto das 17:00, com um pneu furado e que foi consertado na pequena cidade de Solitaire (dê um google e veja onde é). Montamos nossas barracas e já fomos fazer um passeio até uma cadeia de dunas pequena para ver o por do sol. Foi muito legal, tivemos uma amostra grátis do que nos aguardava no dia seguinte. Jantar servido, banho tomado, estava na hora de dormir, amanhã levantaríamos as 05:00 para ver o sol nascer da famosa duna 45.
Acordamos cedasso. Para nossa rotina, tudo que é acima de 08:00 é bem cedo (rs). Tínhamos ainda 50km para fazer até chegarmos na região das dunas. Demos uma cochilada no caminho e quando chegamos já vimos as primeiras pessoas subindo a duna, era uma cena interessante, um monte de gente, um atrás do outro, alguns com lanterna de cabeça para iluminar o chão. Subida um pouco chata pois caminhar na areia exige o dobro de esforço. Chegamos no topo justo no horário do amanhecer. Que espetáculo. A variação dos tons de vermelhos é realmente  incrível. Tentei captar a variação das cores nas fotos. Lógico, ao vivo é sempre mais intenso, mas espero que tenha conseguidoSol levantado era a hora do café da manhã. Tomamos o nosso logo no pé da duna 45. Energias recarregadas era hora da sequencia, iríamos fazer uma caminhada de 5km até o Dead Vlei. Começamos perto das 10:00 e terminamos perto das 12:00, que caminhada diferente. O Gabriel, nosso guia local, deu uma aula de geografia, bem como de fauna e flora ao longo do caminho. A Dani amou. Ela esta encantada com as plantas da Namíbia. Chegamos no Dead Vlei, que lugar impressionante. Essa região foi formada em função de uma seca ocasionada pelas Dunas. A um tempo atrás essa região foi toda inundada, e onde tem água no deserto, tem plantas. Algumas arvores cresceram neste vale, porém com a interrupção da água pela areia, essa região secou de tal maneira que as árvores ficaram ali, num tom escuro, mortas, porém de pé. O contraste com a areia avermelhada e as árvores escuras é de arrepiar. Fim do passeio, pegamos um shutle e voltamos para o nosso acampamento. Ficamos a tarde descansando no camping, pegamos até uma piscina, o que foi bom para refrescar do calor que fazia. No fim do dia, fomos até um canyon, na real um mini-canyon Sesriem, perto do parque. Foi bem legal, a explicação do Gabirel ajudou bastante para compreender o que já foi aquele lugar e como ele se formou. Mais um por do sol visto, foi uma ótima maneira de finalizar o nosso safari.

No dia seguinte, voltamos para Windhoek, porém no caminho tivemos 3 pneus furados, o que digamos que atrasou um pouco a nossa volta. Na ultima troca de pneu definitiva, ficamos numa borracharia e la ficamos por umas 3 horas, o problema era bem maior do que um simples pneu furado, foi necessário usar até solda, foi pesado. Chegamos na capital, fizemos o check-in na Paradise Garden, passagens compradas para Cape Town, e cama, pois amanhã teríamos uma viagem de 22 horas até C.T. Rumo a um novo país. Namíbia, que lindo país.

Onde ficamos:
Nawa Nawa Guest House
Preço: NAD 400 quarto privativo para duas pessoas
Nota: 8,5

Paradise Garden
Preço: NAD 400 quarto privativo para duas pessoas
Nota: 6,5

Villa Weise
Preço: NAD 135 quarto compartilhado por pessoa
Nota: 6,0

O que fizemos:
Windhoek
Swakopmund
Sossusvlei

Passeio contratado:
Wild Dog Safaris (via Cardboard Box)
Preço: NAD 7,600 para duas pessoas
Nota: 9,0

Dica de ouro:
Coma nos supermercados, principalmente na rede de supermercados Pick n Pay. Economizamos bastante comendo neste mercado ao invés de restaurantes. A comida servida  no “bandejão” do mercado é ótima e é uma comida bem local.
Vai ficar em um guest house, compre comida no supermercado e faça em casa, também é uma ótima maneira de economizar.

Furada:
Se uma pessoa/ artesão te abordar e perguntar o seu nome, cuidado, especialmente se ele estiver com um chaveiro de uma raíz redonda típica da região, é uma cilada. Ele vai começar a escrever o nome no meio do chaveiro e depois vai te cobrar por tal, sem nem te consultar se você quer. Nós não caímos no golpe, mas alguns desavisados caíram.

Preços referências:
Cerveja no mercado – NAD 9
Taxi – NAD 10 por pessoa (eles cobram por pessoa e não por km rodado)
Leite 1 litro – NAD 18

Visto:
Não precisa.


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Postado por Leonardo Joucowski

Um cara do bem, que se esforça para escrever algo legal. Casado com a Dani e em estado de inquietude eterna.

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