Egito

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Na sequência da nossa jornada, um país estava sendo muito aguardado, o  Egito. Nossa jornada pela África Negra (Namíbia, África do Sul, Moçambique, Tânzania, Quênia e Uganda) foi uma jornada de muitas experiências visuais, com lugares exóticos, muita floresta e praias de deixar os olhos encantados. Sem falar das pessoas, que especialmente nessa África, foram o diferencial por nossa passagem por esse Continente. Lógico que saberíamos que no Egito iria ser diferente, teríamos mais troca no sentido cultural, afinal lá foi onde praticamente toda a humanidade teve sua história escrita. Sabíamos também que a partir do Egito teríamos cada vez mais contato com a cultura Muçulmana com seus ensinamentos e costumes religiosos, bem como começaríamos o nosso contato com a cultura e o povo Árabe. O Egito é e está na lista dos top 5 de países mais visitados e almejados para se fazer turismo. Um país que tem museus a céu aberto, em que cidades e lugares importantes foram criados em seu território e suas praias paradisíacas para um belo mergulho em águas cristalinas. Enfim, mesmo com as dificuldades atuais enfrentadas pelo país após a revolução de 2011 que depôs o presidente Mubarak, e mesmo com a cultura de sempre pregar alguma “pegadinha” nos turistas ou o assédio com a Dani um pouco desrespeitoso comigo já que ela estava a todo o momento com o cabelo, ombros e pernas cobertas, respeitando a cultura local. Mesmo com alguns inconvenientes o Egito foi encantador. Uma aula de história e uma aula da cultura árabe.

Cairo
Chegamos de Cairo em um vôo que fez escala em Dubai. Como só ficamos 4 horas esperando nosso vôo para Cairo, ficamos no Aeroporto mesmo. Um aeroporto gigante e pelas janelas já dava para ter uma noção de quanto “montado” é aquele lugar. Como digo, só vou ali quando tiver barriga de véio e não tiver mais perna para caminhar (hahaha). Enfim, foi interessante pois ali já tivemos um primeiro contato com a mudança de “continente”. Algumas horas depois, chegamos em Cairo. Logo na chegada já averiguei se podia tirar o visto na chegada, no aeroporto,e o oficial falou “então, nós dissemos que talvez iríamos mudar a regra…ainda é possível tirar o visto para o Egito na chegada no aeroporto” essa informação foi importante, já que a uns meses atrás foi anunciado na mídia que não era mais possível. Carimbos de entrada no Egito, já começamos com uma “boa-vinda”, nossas malas foram pedidas para serem abertas para uma “verificação” pelo oficial. Claro que o cara foi “porco”, mexeu em nossas roupas de uma maneira que não precisava, enfim, eu acho esses caras os mais pentelhos desse processo em aeroportos. Malas arrumadas, nos encontramos com o nosso motorista que o hotel havia providenciado na super promoção (fique 4 noites e o transfer é por nossa conta!). Já no caminho passamos por alguns pontos turísticos, como a casa do ex-presidente e alguns prédios do governo e exército. No carro já sentimos a mudança, principalmente de temperatura, calorzão no Egito. Para comemorar a nossa chegada até pedimos para o motorista aumentar o volume da música para fazermos um vídeozinho “dançando” uma música egípcia.
Nos acomodamos e já fomos à rua para nos situarmos em relação a onde estávamos e nosso hotel estava numa região central e com várias coisas a mão. Nosso hotel e quase todo o Egito, nos pareceu meio “acabado”, a percepção que tivemos foi que está faltando uma manutenção nas coisas no geral. Já comemos o famoso Swarma (carne de frango ou carneiro  que eles cortam num espeto que fica girando), foi ótimo. Curtimos pacas. Também comemos os já conhecidos humus e babaganuche (não sei se é assim que escreve) que por sinal nos acompanharam por quase todo o Egito e em quase as três refeições…hahaha, o que para nós até então não era um problema. No dia seguinte aproveitamos para visitar o museu Egípcio e sua vasta coleção de peças dos tempos dos faraós. Acabamos contratando um “guia” negociado dentro do museu e ele fez um tour bem rápido conosco, até hoje sempre que estamos em um museu tentamos imitar a sua maneira de fazer o tour, que era beeeeem rápida. Enfim, o Egito já começava a mostrar que deveríamos ficar muito mais espertos com tudo. Neste museu fica a famosa cabeça do Tutancamon, meninão que morreu jovem e tinha mais fortuna acumulada que muito molecão das startups de hoje em dia. Peças banhadas a ouro que você fica maravilhado com os detalhes. E depois fomos visitar a tumba onde toda essa riqueza foi enterrada junto com ele, em Luxor. No dia seguinte, não perdemos tempo e já fomos visitar as mais famosas e tão fotografadas pirâmides de Giza. Que lugar mágico. É de uma arquitetura que desafia tudo e todos. O mais legal ou não é que as pirâmides ficam literalmente dentro da região de Giza, como se fosse o museu do Olho em Curitiba. Mesmo estando neste local, as pirâmides e a Esfinge estão bem conservadas. Ficamos quase o dia inteiro no lugar fotografando e contemplando o lugar. Nos outros dias aproveitamos para conhecer a região do Old Cairo e suas igrejas Coptic (catolicismo nas regiões árabes), igrejas constratando com as várias mesquitas. Na saída dessa região decidimos visitar o bairro Islâmico e tivemos nossa primeira situação chata em toda a viagem, o suposto taxista quis fazer o truque da troca de notas e foi uma discussão bem chata. Eu estava com apenas duas notas no bolso, uma de cem e outra de 5, como a nossa corrida tinha dado 35 entreguei a nota de 100 e rapidamente ele falou “não tenho troco” e entregou uma nota de 10 para a Dani. Até nos tocarmos que era um golpe ele já estava começando a dizer que nós não tínhamos entregado uma nota de 100…malandro ou não, ele não contava com o seguinte detalhe: meu amigo, somos do Brasil e somos calejados com essas coisas desde cedo. A discussão foi para fora do táxi e começou a ficar tensa, com o nosso amigão fanfarrão envocando Ala dizendo que não estava com a nossa nota de 100…enfim, nos mantivemos firmes, até cogitamos de ir na delegacia com ele que naquelas horas já queria reverter a situação chamando nós de mentirosos. Por sorte, dois caras que estavam por perto viram que estávamos gritando com o malandrão foram nos ajudar. Situação resolvida, o amigão devolveu nossa nota, pagamos a corrida e brochamos. Ficamos bem chateados e estressados que na sequencia já voltamos para o hotel. Nossas experiências gastronômicas não pararam, descobrimos uma patisserie muito boa na esquina do nosso hotel, fomos algumas vezes lá para comer um doce árabe, tomar um sorvete ou comer algum bolo, era muito boa mesmo, com uma qualidade impressionante, sempre tinha fila e muita gente e descobrimos a famosa comida Kosheri, o prato mais tradicional do Egito, uma mistura de macarrão, arroz , lentilha, cebola frita e molho de tomate fresco, muito bom, e o melhor de tudo com um custo benefício excelente. Por fim, fomos visitar o famoso mercado Khan El-khalili. Muito bacana, muita gente na rua e a famosa negociação, que nessas horas eu já estava ficando craque, rolando solta. Compramos algumas coisas de lembranças. Fim da nossa estadia em Cairo.

Alexandria
Alexandria foi visitar a biblioteca. A famosa biblioteca de Alexandria construída por Alexandre “O Grande”. A biblioteca é a principal atração da cidade. Com uma arquitetura moderna, impressiona quem olha de longe pela orla de Alexandria. Chegamos na cidade no meio da tarde, viemos de Cairo. Pegamos um ônibus praticamente vazio e com ar-condicionado. Para nós estava ótimo. Existe a opção de ir de trem, porém não quisemos arriscar já que parece que desde a revolução de 2011 só é possível um estrangeiro andar de trem usando um vagão especial que é bem mais caro. Fomos para a cidade para também ter o nosso primeiro contato com o Mediterrâneo. Fomos caminhar pela orla e fizemos praticamente ela toda, do forte, em uma região mais afastada do centro até a biblioteca, onde pudemos ver ela com a sua iluminação. Voltamos para o hotel e descansamos. O hotel ficava numa região bem central e os egípcios curtem uma buzina, viu? E o dia inteiro. Descobrimos por indicação um restaurante muito bom e barato. Nele comemos o melhor hummus da viagem até agora. Aqui eles comem hummus como nós comemos no Brasil ou misturado com feijão, que fica uma delícia. Em Cairo já tínhamos uma patisserie preferida, em Alexandria não foi diferente, achamos uma muito boa. Comemos bolos e doces árabes. No dia seguinte, fomos visitar a biblioteca por dentro. A Dani estava ansiosa para ver. Realmente é a biblioteca mais animal que já fomos. Com muitas opções de livros e em várias línguas, um espetáculo. Ficamos praticamente a manhã inteira lá. A tarde descansamos na orla e tomamos um café turco, antecipando um pouco o que veríamos na Turquia. A princípio estranhamos pois fica uma borra de pó de café no fundo, mas depois ele decanta e fica delicioso. No outro dia fomos tentar pegar uma praia, porém nos frustamos. Pegamos uma indicação do pessoal do hotel para visitar uma praia chamada Al Montasa, ela fica numa região onde foi construído um castelo que um milionário sonhou em preservar a área e hoje serve de lugar para hotéis luxuosos. A praia era privada, ou seja, tinha que pagar para entrar, por isso nos frustamos. Aliás, as praias no geral são pagas aqui. Fim da estadia em Alexandria, voltamos para Cairo para nos preparar para a nossa próxima parada, o White Desert.

White Desert
Quando chegamos em Cairo, voltamos a ficar no mesmo hotel, pela comodidade que ele nos ofereceu. No hotel tivemos contato com o “gerente” que logo quando chegamos já quis nos vender um passeio para os dias que iriíamos ficar no Egito. Uma das atividades que ele nos ofereceu, mas que já tínhamos certeza que iríamos fazer era o White Desert, na região mais ao oeste do Egito,  na região do Saara. O mais engraçado foi a maneira como ele tentou nos vender, meio no medo, em um momento ele falou “olha, eu que sou egípcio não iria para aqueles lados sem um pacote fechado”…demos risada depois da maneira de venda. Saímos de Cairo rumo a cidade de Farafra, porém no meio do caminho paramos na cidade de Bahariya e estranhamente entraram dois caras perguntando para onde iríamos, falamos que queríamos fazer o White Desert, maravilha, estava aberta a temporada de negociação. Eles tinham uma agência de turismo que fazia o passeio de uma noite no White Desert. Como o Egito vem sofrendo com o período pós revolução, o turismo foi um dos mercados mais afetados. E eles realmente estão caçando turistas. Foi o nosso caso. Negociamos um valor 30% mais barato que o nosso amigão em Cairo e iríamos dormir no deserto! Deu tempo de eles nos levarem para almoçar no hotel da família e partir para visitar o deserto. Fomos em um 4×4, eu, a Dani e o nosso guia beduíno. Foi a experiência mais absurda que fizemos até agora. O lugar em si é um espetáculo a parte, no caminho para chegar no nosso acampamento, que seria ao relento, sem barraca já mostrou onde estávamos indo. Dormir no deserto e acordar as 03:00 da manhã e perceber que você está completamente sem a influência de nenhuma luz e que basta olhar para o horizonte que você verá estrelas, nos sentimos em um planetário, daqueles que visitamos no tempo do colégio. A Dani que me acordou para ver e depois não conseguiu mais voltar a dormir, ela falava que não queria perder aquele visual e a cada momento abria os olhos para ver o céu. Lá pelas 4 da manhã, outro espetáculo, agora o nascer do Sol. Que cores de Sol. Ficamos maravilhados com a experiência. Na volta passamos pelas formações clássicas do cogumelo e do pássaro. Fizemos algumas fotos. Valeu muito.

Luxor
Decidimos voltar para Cairo pela última vez, tivemos que pernoitar já que não conseguimos ônibus para ir direto para Luxor, nosso próximo destino. Saímos na manhã seguinte, pegamos um ônibus direto para Luxor. Decidimos não ir para Aswan, pois não iríamos fazer o turístico cruzeiro pelo Rio Nilo. E Luxor foi uma surpresa muito interessante. Ficamos em um hostel chamado Bob Marley(??) indicação de um mochileiro brasileiro que conhecemos por meio de fóruns. Fomos lá e nesse hostel conhecemos o Greg, um americano daqueles bem esteriótipo, aparentando mais de 40 anos e com um bigode imponente, lembrava aqueles figuras amantes da Harley-Davidson, mas ele não era desta tribo. Ele foi do exército americano por um bom tempo e agora aproveitava suas férias para conhecer o Egito e fazer mergulhos pelo país, que por sinal, tem vários spots com fama internacional de mergulho. O Greg nos acompanhou por uma boa parte da viagem no Egito. Em Luxor, conhecemos o Nic e a Rikke, um mexi-americano e uma norueguesa, ambos jovens que estavam no Egito para estudar árabe e que estavam conhecendo Luxor também. Eles também estavam no mesmo hostel que nós. No dia seguinte, fomos conhecer os templos mais clássicos, primeiro fomos ao Karnak Temple, o maior templo com construções preservadas dos tempos dos faraós. O Karnak Temple foi mais um dos patrimônios da Unesco que visitamos. As 134 colunas em formato de flores de lótus em uma das áreas do templo impressionam. Ficamos a manhã inteira no templo. É de ficar pensando como aquilo tudo foi construído, que engenharia mais apurada tinham esses antigos egípcios! A tarde no mesmo dia fomos visitar o Luxor Temple, esse templo fica no meio da cidade, como as pirâmides de Giza, quando você menos percebe já está dentro dele. Lógico que até chegarmos nele passamos por uma situação engraçada, depois de voltarmos usando uma lotação local, que nos deixou bem longe do Luxor Temple, acabamos no meio de uma passeata em comemoração ao pré-Ramadã, por sinal, depois nos falaram que era bem importante na cidade. Enfim, acabou que quando demos conta estávamos no meio da rua, com várias pessoas dos dois lados da rua, muita gente e um desfile de camelos e cavalos passando na direção contrária a nossa. Loucura total. A Dani ficou um pouco tensa com a muvuca. Por sorte conseguimos uma carona e conseguimos chegar no Luxor Temple. O templo na verdade começa desde o Karnak Temple, antigamente existia uma rua que ligava os dois templos, a rua ainda existe, porém as esfinges que acompanhavam ao longo da rua foram sendo danificadas pelo tempo ou por roubo mesmo. Dava para ver que cuidar daquela rua não foi prioridade. O Luxor Temple também impressiona. Por ter sido uma cidade que já foi de domínio dos romanos, nesse templo você percebe a mescla que é quando existe o choque entre o dominador e o derrotado. Antigamente pelo visto era bem comum no processo de dominação de um povo que as construções do dominado sejam ou destruídas ou sejam construídas novas coisas do dominador sob. Como um sinal de domínio mesmo. O Luxor Temple tem uma mesquita, a mais antiga do Egito, bem no meio do templo. Neste mesmo ponto antes tínha uma igreja coptic, lembra da história do dominador e derrotado? O templo é bem conservado, mesmo estando no meio da cidade. Passear pelas áreas internas e ver as suas pinturas e desenhos contando as histórias dos que viveram ali, é deslumbrante. No fim do dia decidimos ficar até o Sol se por, e foi muito legal ver o templo agora com as luzes ligadas. Parece que estávamos em outro lugar. Mudou para melhor. Fizemos algumas fotos. No último dia decidimos fazer um tour, fomos visitar as tumbas dos faraós, do outro lado do rio Nilo. Bem palha, viu. Visitar os templos no dia anterior tinha sido bem mais rico em termos de história. Lógico que novamente a engenharia das construções das tumbas impressiona, mas acaba sendo bem mais do mesmo. O legal deste tour que fizemos foi a galera que estava: nós dois, o Greg, o Nic, a Rikke, uma italiana que amava o Brasil e um cara da Cingapura que estava escalando todos os picos legais de escalar o mundo. O grupo foi o que valeu a pena. Conhecemos mais essas pessoas e ainda fomos almoçar juntos. Eu e a Dani estávamos carente de conversar com pessoas. Fim da nossa estadia em Luxor, decidimos antecipar em um dia nossa saída e fomos juntos com o Nic e a Rikke para Dahab. Encontraríamos o Greg lá também, porém ele optou por ir de avião.

Dahab
Nossa viagem para Dahab, junto com o Nic e a Rikke era para durar apenas 10 horas acabou durante 24 horas =/. A tal da viagem do djanho. Aquela que não acaba nunca. Nossa ideia era sair de Luxor e não ir para Cairo e passar em Suez e de lá fazer uma rápida conexão, o que não foi rápida (hahaha). Chegamos bem cedo e o próximo ônibus só sairía as 11:00. Tivemos que ficar na rodoviária dando um belo de um tempo. Ficamos tomando chá e batendo papo. Era começo do Ramadã. No nosso ônibus conhecemos um cara de Hong Kong, um maluco quase que lunático (hahaha) figurassa! Ele só fez a seguinte proeza: pediu para os locais baixarem a reza do Alcorão que estava rolando no som do restaurante na rodoviária em pleno ínicio de Ramadã como coloquei. Os locais ficaram muitos putos com a atitude do nosso “amigão”, fora outras pérolas que ele soltou, tipo que trabalhava com bolsa de valores pois era um bom emprego e que se ele dissesse em uma balada que ele trabalhava nessa área todas as mulheres que estavam em sua volta iriam querer ele (DOIDÃO, hahahaha) entre outras que rolaram ao longo da nossa viagem de 24 horas. Chegamos em Dahab, uma cidade bem conhecida da região do Sinai, mundialmente conhecida pelo Blue Hole. Nos fomos para lá para tentar fugir do calor, fazer snorkeling e visitar o Monte Sinai. Conseguimos fazer todos! A temperatura estava muito boa na região, nada de calor infernal. Em Dahab reencontramos o Greg, ficamos no mesmo hostel. No dia seguinte saíamos para passear e conhecer a cidade, que atrai muitos russos (?? algumas placas dos restaurantes estavam até escritas em russo). A orla tem vários hotéis e restaurantes, porém dá para perceber que aqui o turismo foi afetado também. Os preços estavam bem bons. Não conseguimos pegar praia em Dahab pois a maneira como foi estruturada não era igual no Brasil, com uma vasta área de areia, era pedra. Voltamos para o hotel e negociamos um snorkeling para fazer o Blue Hole. Que lugar irado. Foi o snorkeling mais alucinante que fizemos. O snorkeling que fizemos em Bazaruto no Moçambique foi bom, este foi fodástico. O lugar é impressionante, você mergulha em um buraco de mais de 120 metros de profundidade, lógico, nós só ficamos na superfície, mas se tivéssemos o curso de mergulho iria ser bem alucinante também. A aguá estava com uma visibilidade incrível. Dava para ver os mergulhadores que estavam a uns 15 metros abaixo de nós passando, muito legal. A barreira de coral que rodeia o Blue Hole é fantástica. Uma variedade de peixes. Ficamos o dia todo no lugar, fizemos snorkeling de manhã e de tarde. No dia seguinte, decidimos seguir para a nossa última cidade no Egito. Decidimos ir para Nuweiba, já que lá poderíamos arranjar um meio de ir para visitar o Monte Sinai.

Nuweiba
Escolhemos Nuweiba como nosso ponto de partida para ver o Monte Sinai pois era mais próximo que Dahab, porém infelizmente pagamos o preço por não saber que dali sairia mais caro o guia que nos levaria ao monte. Ficamos putos com os valores cobrados e até estávamos com a intenção de voltar para Dahab já que o preço por lá estaria dentro do nosso orçamento. Fizemos algumas contas e decidimos por negociar o preço com o pessoal do hotel que estávamos. Negociamos os valores das refeições e deste guia para o Monte Sinai, em troca ajudei os proprietários arrumando os detalhes e informações no Booking e no TripAdvisor. Foi uma troca justa. O valor da diária eu já tinha negociado quando chegamos (no Egito tudo é negociável….hahaha). No hotel que ficamos o gerente do local acabou simpatizando com nós, mesmo depois de quase irmos embora no mesmo dia. Ele é um garoto de 25 anos que toca o hotel da família. Um cara esforçado em atender bem os clientes. Ele era engraçado. Sempre falava que ele queria que ficássemos felizes no hotel dele. Sempre nos perguntava “Are you happy, my friend?”. Numa manhã o Ahmed, o gerente, nos convidou para fazer um passeio de barco e ainda descolou umas máscaras para fazermos um snorkeling. Foi legal, fizemos alguns vídeos com a go pro mas comparado com o Blue Hole, foi mais um snorkeling apenas. A Dani ficou mais tempo pegando um sol, mesmo estando isolados, sempre tinha um espertinho egípcio que passava e deixava ela sem graça por estar de maiô. Esses egípcios, vou te falar viu? Numa das manhãs, uma muher muçulmana se aproximou da Dani na praia, ela estava vestida com o Burkini (burca + bikini). É bizarro a vestimenta mas resolve bem para uma mulher que não pode expor seu corpo e quer se refrescar no mar. A mulher ficou encantada com a Dani que “puxou” uma conversa fluente em árabe com a Dani, que nada entendeu e apelou para os gestos. Elas se entenderam bem que a mulher quis até tirar uma foto com a Dani, acho que para mostrar para outras mulheres o maiô da Dani para as amigas, certamente ela iria falar “olha que ridículo esse maiô, ela mostra as partes para se refrescar no mar”…hahaha, coisas dos costumes, né não? Acabou que decidimos ir fazer o Monte Sinai. Para isso, saímos às 23:30 do nosso hotel pois teríamos aprox. 1:30 de deslocamento até o pé do Monte Sinai. Alguns check-points depois, estávamos na cidade de Saint Catherine, onde fica o monte Sinai e o monastério de Saint Catherine. Negociamos um “guia” logo na chegada que deveria nos acompanhar por toda a subida até o topo do monte, pois então, deveria e não o fez. Andou conosco só 10 minutos, ficou puto porque não queria andar no nosso ritmo e nos deixou sozinhos, porém o nosso erro foi ter já pago. Enfim, mais um truque dos espertalhões. Isso não nos abalou, depois eu iria cobrar dele na nossa volta. Chegamos no topo do monte Sinai, fomos um dos primeiros, lá vai muitos turistas de cunho religioso pois esse monte é sagrado para as 3 principais religiões do mundo, o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo.  O visual do topo é alucinante e o nascer do sol foi novamente um espetáculo à parte. Valeu todo o esforço da subida na madrugada e o frio lá em cima. Ficamos um tempo em silêncio lá só observando. A Dani levou todos os presentes de proteção de várias religiões que ganhamos antes de partir de pessoas especiais para estar conosco nesse lugar. Voltamos até a base e visitamos o monastério de Saint Catherine. Um antigo monastério que ainda mantém bem preservado as construções e as imagens. Na volta fui reclamar do sumiço do nosso guia e pedir meu dinheiro de volta, mas não teve jeito. Enfim, vamos aprendendo. Ficamos mais 1 dia em Nuweiba e nos preparamos para a nossa 2a etapa da viagem, rumo ao Oriente Médio. Já ia me esquecendo, o Ahmed me perguntou de novo na nossa despedida se nós estávamos felizes, adivinha o que respondemos? 😉

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Postado por Leonardo Joucowski

Um cara do bem, que se esforça para escrever algo legal. Casado com a Dani e em estado de inquietude eterna.

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